DESSATURAR
Foi como girar incessantemente após o almoço, ouvir uma música triste e lenta e não ter mais lágrimas para dar uma choradinha. O zoom out de nossas vidas pois-se ao trabalho, lentamente, distancia e esmaece meus olhos, dia-a-dia a vista fica turva, seus belos cachos enegrecem sem contraste com o breu de meus tortuosos pensamentos.
Sua voz ecoa ao fundo de meu nervo auditivo, já quase que não reconheço, soa distorcida, breve, esquecida. Estavas por de trás, mudo, carregando um livro em seus braços, defronte caminhando em minha direção, entortou meu pescoço, fitou o chão - como quem observava em longínquos pensamentos, petrificou suas duas jabuticabas em mim, raio laser que transpassa minhas vísceras, entortando minhas memórias, bagunçando meus sentidos.
Calei, fiquei sem fala, gaguejei, quase que não sai: ...idade, ci..., ...ida, e finalmente... cidade!
Sua voz ecoa ao fundo de meu nervo auditivo, já quase que não reconheço, soa distorcida, breve, esquecida. Estavas por de trás, mudo, carregando um livro em seus braços, defronte caminhando em minha direção, entortou meu pescoço, fitou o chão - como quem observava em longínquos pensamentos, petrificou suas duas jabuticabas em mim, raio laser que transpassa minhas vísceras, entortando minhas memórias, bagunçando meus sentidos.
Calei, fiquei sem fala, gaguejei, quase que não sai: ...idade, ci..., ...ida, e finalmente... cidade!
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