segunda-feira, 13 de novembro de 2017

APRENDENDO A IMPORTÂNCIA DO RECOLHIMENTO TEMPORÁRIO



O 4 de Espadas como arcano de aconselhamento sugere que é aconselhável, ao menos por um tempo, que você assuma a importância de ficar na sua, ao invés de procurar companhia demais e entupir seu tempo com afazeres fúteis ou atividades sociais desnecessárias. Compreenda esta parada em sua vida não como paralisia, mas como um processo necessário ao seu desenvolvimento. Não force a barra, Jeff! Há tempo para se divertir e tempo para a quietude, mas este momento demanda maior reflexão e meditação de sua parte. Busque um centro de tranqüilidade e evite afazeres excessivos que dispersam seu foco. Se possível, converse com alguém mais próximo sobre as coisas que lhe incomodam, pois a partir do diálogo tranquilo você perceberá que muitas das coisas que você deseja mudar nos outros precisam primeiramente ser mudadas dentro de si!


Conselho: Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, acorda.

Torre com 8 de Copas: Falta estrutura, iniciativa e criatividade neste relacionamento. A cobrança e os desejos só levam à falta de confiança e frustram as expectativas.  Para uma verdadeira harmonia, deve ser respeitada a vontade do outro e observar que os problemas podem ser resolvidos de várias maneiras, que existem várias alternativas e não uma só direção. A ajuda e a flexibilidade mútua são necessárias e elevam nossa alma. 

domingo, 12 de novembro de 2017

não sei se sinto caimbras
ou se o que sinto é remorso
ontem senti culpa, a duas horas atrás um sono descomunal, agora sinto fome e daqui a poucos segundos sentirei saudade.
aquele inseto estava livre, solto na sua imensidão, ou preso a ela, quem sabe, mas por um tris caiu com todo seu peso sobre o chão, vocês ouviram com certeza, foi um estrondo enorme, todo mundo ouviu. Quem não ouviu, estava desconectado daquele pedaço de chão, aquele que não escutou ia para o lado da certeza, uma certeza de que no mundo não existe nada mais importante do que ele mesmo.

E volto a caimbra, ela aconteceu num estampido de segundo. - vocês notaram! Ah, notaram mesmo! Impossível não nota-la parecia que as patinhas timidas do inseto moribundo  se recontorciam, mas embora tenham notado, ali ele continuou, sozinho, uma ou duas mãos passavam perto para aperta-lo, mas nenhuma afagava sua pequena caimbrinha.

Olha só, o remorso voltou ao seu coração de pedra sabão, remorso, daquilo que não disse, do BASTA que deixou de dar para aqueles que o apertavam, remorso por deixar de lembrar que suas patinhas pequenas não poderiam ir mais pelo caminho que ele seguia, o caminho de quem ele seguia. - Ele seguia alguém?

Como posso saber? Ai seria o caso de vossa senhoria perguntar diretamente pro pobre bichinho, ali no canto encolhido, não acha?

Ele segura o coração de pedra sabão em suas mãos, está impossibilitado de traçar rotas muito longas, ou rotas de extrema complexidade, ele precisa do simples. - Mas ele sabe disso? Caramba, eu já disse pra perguntar diretamente pra ele, quem sou eu para falar por um mísero inseto oco, com coração de pedra sabão, caimbra nas patinhas, carregando um remorso dez vezes o seu pequenino imenso tamanho.

Basta, me poupe, deixo este trabalho para os reporteres ou para as vizinhas fofoqueiras, essas sim devem saber tudo sobre a vida desse inseto, mais do que ele próprio sabe sobre si! Visto que notaram o estrondo de sua caimbra, antes mesmo dela acontecer!!!!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017


Depois de muito tempo sem escrever por aqui, resolvi colocar as palavras em dia. Nesse dia! Não quero dizer que não estou feliz, mas é que hoje bateu uma tristeza e eu resolvi senti-la. Sabe aqueles dias em que o coração amolece e você para pra pensar demais? Então, não sei o que me trouxe para esse lugar, na verdade até devo saber. 

Mas é difícil aceitar o que seja! Por isso procuro esquecer.

Meu corpo estava parado, recostado sobre o sinaleiro aguardando por carona. Ali pensando em nada, reparei o som de um grupo de amigos cantando Linger do The Cranberryes, e este sentimento que vou chamar de saudade,  brotou instantaneamente em meu ser, foi automático, e eu senti forte a vontade de andar para lugar algum, simplesmente sair, sem destino e não olhar mais tão atentamente para o que vem acontecendo, uma vontade de me desconectar de tudo... 

Mas estou aqui, eu existo, e escrevo esse amontoado de caracteres, cheios de dor e sentimento que chega a grudar, cheira saudades de um tempo que não existiu.

um afago imaginário...

Como banhar em uma piscina cheia de pedras, ou até mesmo, comer um prato de areia. Pego na mão de quem? Quem caminha ao meu lado? Cozinho para quem? Meu eu não me basta, meu sentimento transborda, incha, preenche tudo menos: eu mesmo!

Me sinto um copo vazio, cheio de ar...